terça-feira, 31 de maio de 2011

Parte do Japão afunda após terremoto



Medições feitas por satélite mostram que o país inteiro se moveu, se esticando para leste: de 1 centímetro no sul até 5 metros no nordeste.

O terremoto que sacudiu violentamente o Japão violentamente no mês de março teve consequências permanentes para o país, além da tragédia humana e do acidente nuclear provocado em seguida pelo tsunami. É o correspondente Roberto Kovalick quem conta.

Serão necessários três anos para apagar as marcas do tsunami. Outra mudança será para sempre: o terremoto de dois meses atrás fez cidades como Ishinomaki saírem do lugar que ocupavam no planeta.

Medições feitas por satélite mostram que o país inteiro se moveu, se inclinando para leste: de 1 centímetro no sul até 5 metros no nordeste.

Foi nesse local o epicentro do terremoto, no encontro de duas placas que formam a crosta terrestre. Elas se expandiram, como se fossem borracha esticada, ficaram mais finas, fazendo parte do país afundar.

A região do país mais atingida afundou 1,2 metro. Duas vezes por dia, os moradores têm a prova visual de que, antes do terremoto, o solo estava bem mais alto: quando a maré sobe, a cidade alaga. Uma parte da cidade está agora abaixo do nível do mar.

A água sobe, em geral, de madrugada e no fim da tarde. Botas se tornaram o calçado de todos os dias e as bicicletas também ajudam. Casas que resistiram ao terremoto e ao tsunami foram abandonadas porque são constantemente invadidas pela água.

Uma moradora mostra no muro onde a água já chegou e diz só continua aqui porque está vivendo no segundo andar da casa. A prefeitura instalou sacos de areia, sem muito resultado. O jeito será construir diques ou aterrar parte da cidade para que ela volte à altura de antes.

Há algo ainda mais preocupante: segundo o instituto de pesquisas de terremotos da Universidade de Tóquio, a região que afundou está mais exposta a ondas gigantes. O professor Yosuke Aoki explica que as placas ainda estão muita forte tensão, o que deve provocar um novo terremoto forte e um novo tsunami. “Isso deve acontecer em um prazo de trinta anos”, prevê o cientista.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Projetos em análise na Câmara podem dividir o País em 40 estados



Parlamentares a favor da criação de novos estados argumentam que a divisão facilitará o desenvolvimento, mas deputados contra a ideia denunciam interesses econômicos e políticos da proposta.

A aprovação, pela Câmara, do pedido de urgênciaRegime de tramitação que dispensa prazos e formalidades regimentais, para que a proposição seja votada rapidamente. Nesse regime, os projetos tramitam simultaneamente nas comissões - e não em uma cada de vez, como na tramitação normal. Para tramitar nesse regime é preciso a aprovação, pelo Plenário, de requerimento apresentado por: 1/3 dos deputados; líderes que representem esse número ou 2/3 dos integrantes de uma das comissões que avaliarão a proposta. Alguns projetos já tramitam automaticamente em regime de urgência, como os que tratam de acordos internacionais. para votar projetos que convocam dois plebiscitos para que os habitantes do Pará decidam se querem ou não a divisão de seu território em três estados pode dar novo fôlego a uma série de propostas semelhantes que tramitam na Casa. Elas têm o potencial de elevar para 40 o número de estados e territórios brasileiros, atualmente em 26 mais o Distrito Federal, e já mobilizam parlamentares favoráveis e contrários à ideia de recortar ainda mais o território brasileiro.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

As Esferas da Terra



A área da superfície terrestre pode ser dividia em quatro “geoesferas”, cujo relacionamento criou ambientes que permitiram o surgimento, desenvolvimento e sustentação da vida. Essas esferas são: a litosfera, atmosfera, hidrosfera e biosfera.
Litosfera
A litosfera (conhecida também como crosta terrestre) é a camada sólida mais externa da Terra. É formada por rochas e minerais e compreende a crosta continental e oceânica. É na litosfera que ocorrem as inter relações com as outras esferas, criando assim condições para o surgimento e desenvolvimento da vida na superfície terrestre.
Atmosfera
É a camada gasosa que envolve a Terra. A partir da superfície da Terra alcança uma altura aproximada de 800 km É formada por gases, principalmente o nitrogênio, o oxigênio e por gases menores, entre eles o vapor de água e o dióxido de enxofre.
Hidrosfera
É composta por toda água da Terra: águas glaciais, águas dos oceanos e mares, dos rios, das fontes, dos lagos e também as águas dos lençóis d’água subterrâneos. Da hidrosfera as águas marinhas e salobras correspondem a 97,4% e os restantes 2,6% são água doce, o que mostra a imensidão das águas marinhas e conseqüentemente sua importância sob vários aspectos como fonte alimentar, meio de transporte, depósito petrolífero e de minerais, por exemplo.
Biosfera
É a esfera de vida da Terra. Ela compreende as porções de terra, mar e águas continentais habitadas pelos seres vivos.
O homem integra e depende diretamente das relações que se desenrolam no interior da biosfera. Há milhares de anos o homem se encontra adaptado à biosfera terrestre e sua ausência significa o fim da própria humanidade.

As Relações entre as Esferas

Litosfera e Atmosfera: as relações entre a litosfera e a atmosfera resultam em processos como a erosão e intemperismo.
Litosfera e Hidrosfera: resulta na formação de águas subterrâneas, de cavernas e de aqüíferos, além da erosão causada pelas águas superficiais.
Atmosfera e Hidrosfera: suas relações refletem-se nos vários fenômenos meteorológicos do dia-a-dia: chuva, neve, granizo, nevoeiro e o ciclo da água, essencial para a vida, realiza-se nessas duas esferas.
A Biosfera: por sua vez é conseqüência do inter-relacionamento dessas esferas, criando o ambiente adequado para o desenvolvimento da vida.
Fonte: Lúcia Marina e Tércio; Geografia Geral e do Brasil -ed. Ática pág. 67

quarta-feira, 11 de maio de 2011

DESSALINIZAÇÃO DA ÁGUA TEM INCENTIVO APROVADO NA CÂMARA FEDERAL



Iniciativa aprovada pela CAE do Senado poderá ampliar a oferta de água potável no Nordeste, com o aproveitamento das reservas existentes no subsolo da região, que apresentam salinidade
Aparelhos utilizados para transformar a água salgada em água potável poderão ficar isentos de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), caso seja transformado em lei projeto aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, em decisão terminativa. Se não for apresentado recurso para votação pelo plenário da Casa, a proposta seguirá para exame da Câmara dos Deputados.
A medida alcança aparelhos de osmose inversa e equipamentos de destilação — incluindo partes e acessórios —, utilizados em processos de dessalinização da água. Com a proposta (PLS 337/09), o senador João Vicente Claudino (PTB-PI) quer incentivar a adoção do processo, ampliando a oferta de água potável à população.
Potencial – O senador argumenta que, apesar de expressivas, as reservas de água existentes no subsolo da região Nordeste apresentam salinidade.
Para o aproveitamento desse potencial subterrâneo, é preciso fazer a dessalinização, processo já adotado com sucesso por prefeituras do interior do país, para fornecimento de água em período de seca, conforme explica João Vicente Claudino.
O relator, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), considerou que a isenção prevista no projeto resultará em benefícios para a população que enfrenta seguidos períodos de estiagem: “Em muitas regiões do Nordeste, quando se fura um poço, a água é salobra, sendo preciso comprar o equipamento para fazer o tratamento da água. Muitas localidades longínquas do Piauí, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e Bahia precisam dessa solução”, argumentou. O relator apresentou emenda de redação aperfeiçoando o texto da ementa do projeto.
O deputado federal Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA) lembra que o senador João Durval (PDT-BA), quando governador da Bahia, foi pioneiro ao trazer para o Estado a técnica da dessalinização que transforma a água salobra em água doce. Depois, por muitos anos o próprio deputado Sérgio Carneiro empunhou esta mesma bandeira por várias vezes como, por exemplo, quando promoveu sessão especial na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), quando deputado estadual, e também promovendo um seminário internacional na Câmara dos Deputados, em seu primeiro mandato.Com informações do Jornal do Senado