sexta-feira, 20 de maio de 2011

Projetos em análise na Câmara podem dividir o País em 40 estados



Parlamentares a favor da criação de novos estados argumentam que a divisão facilitará o desenvolvimento, mas deputados contra a ideia denunciam interesses econômicos e políticos da proposta.

A aprovação, pela Câmara, do pedido de urgênciaRegime de tramitação que dispensa prazos e formalidades regimentais, para que a proposição seja votada rapidamente. Nesse regime, os projetos tramitam simultaneamente nas comissões - e não em uma cada de vez, como na tramitação normal. Para tramitar nesse regime é preciso a aprovação, pelo Plenário, de requerimento apresentado por: 1/3 dos deputados; líderes que representem esse número ou 2/3 dos integrantes de uma das comissões que avaliarão a proposta. Alguns projetos já tramitam automaticamente em regime de urgência, como os que tratam de acordos internacionais. para votar projetos que convocam dois plebiscitos para que os habitantes do Pará decidam se querem ou não a divisão de seu território em três estados pode dar novo fôlego a uma série de propostas semelhantes que tramitam na Casa. Elas têm o potencial de elevar para 40 o número de estados e territórios brasileiros, atualmente em 26 mais o Distrito Federal, e já mobilizam parlamentares favoráveis e contrários à ideia de recortar ainda mais o território brasileiro.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

As Esferas da Terra



A área da superfície terrestre pode ser dividia em quatro “geoesferas”, cujo relacionamento criou ambientes que permitiram o surgimento, desenvolvimento e sustentação da vida. Essas esferas são: a litosfera, atmosfera, hidrosfera e biosfera.
Litosfera
A litosfera (conhecida também como crosta terrestre) é a camada sólida mais externa da Terra. É formada por rochas e minerais e compreende a crosta continental e oceânica. É na litosfera que ocorrem as inter relações com as outras esferas, criando assim condições para o surgimento e desenvolvimento da vida na superfície terrestre.
Atmosfera
É a camada gasosa que envolve a Terra. A partir da superfície da Terra alcança uma altura aproximada de 800 km É formada por gases, principalmente o nitrogênio, o oxigênio e por gases menores, entre eles o vapor de água e o dióxido de enxofre.
Hidrosfera
É composta por toda água da Terra: águas glaciais, águas dos oceanos e mares, dos rios, das fontes, dos lagos e também as águas dos lençóis d’água subterrâneos. Da hidrosfera as águas marinhas e salobras correspondem a 97,4% e os restantes 2,6% são água doce, o que mostra a imensidão das águas marinhas e conseqüentemente sua importância sob vários aspectos como fonte alimentar, meio de transporte, depósito petrolífero e de minerais, por exemplo.
Biosfera
É a esfera de vida da Terra. Ela compreende as porções de terra, mar e águas continentais habitadas pelos seres vivos.
O homem integra e depende diretamente das relações que se desenrolam no interior da biosfera. Há milhares de anos o homem se encontra adaptado à biosfera terrestre e sua ausência significa o fim da própria humanidade.

As Relações entre as Esferas

Litosfera e Atmosfera: as relações entre a litosfera e a atmosfera resultam em processos como a erosão e intemperismo.
Litosfera e Hidrosfera: resulta na formação de águas subterrâneas, de cavernas e de aqüíferos, além da erosão causada pelas águas superficiais.
Atmosfera e Hidrosfera: suas relações refletem-se nos vários fenômenos meteorológicos do dia-a-dia: chuva, neve, granizo, nevoeiro e o ciclo da água, essencial para a vida, realiza-se nessas duas esferas.
A Biosfera: por sua vez é conseqüência do inter-relacionamento dessas esferas, criando o ambiente adequado para o desenvolvimento da vida.
Fonte: Lúcia Marina e Tércio; Geografia Geral e do Brasil -ed. Ática pág. 67

quarta-feira, 11 de maio de 2011

DESSALINIZAÇÃO DA ÁGUA TEM INCENTIVO APROVADO NA CÂMARA FEDERAL



Iniciativa aprovada pela CAE do Senado poderá ampliar a oferta de água potável no Nordeste, com o aproveitamento das reservas existentes no subsolo da região, que apresentam salinidade
Aparelhos utilizados para transformar a água salgada em água potável poderão ficar isentos de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), caso seja transformado em lei projeto aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, em decisão terminativa. Se não for apresentado recurso para votação pelo plenário da Casa, a proposta seguirá para exame da Câmara dos Deputados.
A medida alcança aparelhos de osmose inversa e equipamentos de destilação — incluindo partes e acessórios —, utilizados em processos de dessalinização da água. Com a proposta (PLS 337/09), o senador João Vicente Claudino (PTB-PI) quer incentivar a adoção do processo, ampliando a oferta de água potável à população.
Potencial – O senador argumenta que, apesar de expressivas, as reservas de água existentes no subsolo da região Nordeste apresentam salinidade.
Para o aproveitamento desse potencial subterrâneo, é preciso fazer a dessalinização, processo já adotado com sucesso por prefeituras do interior do país, para fornecimento de água em período de seca, conforme explica João Vicente Claudino.
O relator, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), considerou que a isenção prevista no projeto resultará em benefícios para a população que enfrenta seguidos períodos de estiagem: “Em muitas regiões do Nordeste, quando se fura um poço, a água é salobra, sendo preciso comprar o equipamento para fazer o tratamento da água. Muitas localidades longínquas do Piauí, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e Bahia precisam dessa solução”, argumentou. O relator apresentou emenda de redação aperfeiçoando o texto da ementa do projeto.
O deputado federal Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA) lembra que o senador João Durval (PDT-BA), quando governador da Bahia, foi pioneiro ao trazer para o Estado a técnica da dessalinização que transforma a água salobra em água doce. Depois, por muitos anos o próprio deputado Sérgio Carneiro empunhou esta mesma bandeira por várias vezes como, por exemplo, quando promoveu sessão especial na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), quando deputado estadual, e também promovendo um seminário internacional na Câmara dos Deputados, em seu primeiro mandato.Com informações do Jornal do Senado

domingo, 27 de março de 2011

Cartografia – Mapa, instrumento de poder


Além de instrumentos práticos de localização e orientação, os mapas sempre foram importantes fontes de poder. No império romano, assim como na maioria dos impérios centralizados da Antiguidade, a cartas cartográficas foram fundamentais para organizar os deslocamentos dos exércitos, calcular as distancias terrestres, facilitar as viagens entre as regiões dominadas e manter o controle do Estado sobre elas.

Entre os séculos XV e XVI, os mapas e as preciosas informações geográficas que eles continham eram considerados segredos de Estado em muitas das cortes européias. O caráter estratégico dos mapas está presente também na atualidade. Por meio da cartografia as Forças Armadas organizam estratégias e táticas de combate.

Yves Lacoste, importante geógrafo francês, publicou no livro “A Geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra” um pensamento sobre a importância da interação entre mapa e geografia. As relações destacadas por Lacoste são basicamente a estratégia e o poder segundo uma distribuição e organização do espaço geográfico. Os mapas são ferramentas através das quais os diferentes agentes planejam sua intervenção no espaço.

Os mapas serviram e ainda servem como instrumentos de poder. As Forças Armadas controlam as fronteiras, as movimentações de tropas, o seu abastecimento, as estratégias de combate. Os Estados controlam sua soberania territorial, os desmatamentos, queimadas, rotas comerciais. As cidades controlam o processo de expansão urbana e, através dele, de cobrança de impostos prediais.

A orientação através de mapas é vital. Há uma pequena história que no ano de 1986, os Estados Unidos elaboraram uma pesquisa nos quartéis para verificar o grau de conhecimentos em geografia e cartografia entre os soldados; apresentando resultados negativos. Diante dessa evidência, o governo tomou medidas para que se melhorasse o ensino de Geografia nas escolas de ensino fundamental e médio no país.

Saber ler/compreender um mapa é essencial. A cartografia dota o cidadão com o poder de visualizar, orientar e organizar o território que ele habita. Eis a importância da cartografia escolar, que permite ao aluno, durante a sua formação, conhecer melhor o objetivo da sua utilização a partir dos seus elementos.

Lacoste afirmava que:

“Cartas (cartográficas), para quem não aprendeu a lê-las e utilizá-las, sem dúvida, não têm qualquer sentido, como não teria uma página escrita para quem não aprendeu a ler.”



Beijos e abraços

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

“Descoberto planeta habitável fora do sistema solar” – O que isso realmente quer dizer?


Algumas questões sempre intrigaram a humanidade: existe vida fora da Terra? Somos o único planeta habitado no Universo? De tempos em tempos, os noticiários aguçam ainda mais nossa imaginação publicando novas descobertas, como as que surgiram na última semana (no final do mês de setembro de 2010) sobre a existência de um novo planeta habitável, a uma distância de 20 anos-luz da Terra - lembrando que ano-luz é a medida astronômica correspondente à distância percorrida pela luz no período de um ano (ou seja, ao se deslocar a uma velocidade aproximada de 300 mil quilômetros por segundo, a luz percorre o intervalo de 9,46 trilhões de quilômetros em um ano).
Segundo os cientistas do ESO (European Southern Observatory, beneficiário da Organização Europeia para a Pesquisa Astronômica no Hemisfério Austral), o planeta está localizado na Constelação de Libra e orbita a estrela anã vermelha Gliese 581. De acordo com os estudos, o planeta teria 1,5 vez o raio da Terra e reuniria condições favoráveis à vida.

Mas o que são “condições favoráveis à vida”? Poderíamos viver em outro planeta além da Terra? Que tipo de vida/organismo existe ou poderia existir em outro planeta? Vamos analisar a Terra e o que possibilita a vida em nosso planeta.

A Terra reúne diversas características favoráveis ao desenvolvimento de vida, começando pela posição astronômica, com uma distância do Sol de aproximadamente 150 milhões de quilômetros, ou seja, uma unidade astronômica (1 UA), o que garante ao Planeta quantidade adequada de radiação luminosa recebida. A presença de atmosfera com uma composição equilibrada de gases (azoto, oxigênio, dióxido de carbono, entre outros) é outro fator preponderante para que a vida possa se desenvolver, pois mantém a temperatura média do Planeta em aproximadamente 14º C. Além do equilíbrio térmico, a atmosfera tem outras funções importantes, tais como: permitir a respiração; formar uma barreira aos meteoros, fragmentando-os; filtrar grande parte dos raios ultravioleta do Sol através da camada de gás ozônio, etc. Essas características, em conjunto, reúnem condições para existência de água nos três estados, como o vapor d’água na composição atmosférica, que auxilia no equilíbrio térmico participando do ciclo hidrológico terrestre. Completando as características físicas temos a composição da superfície terrestre, que determina o albedo - capacidade de refletir a energia luminosa do Sol. Quanto mais um corpo reflete os raios luminosos, menor é a absorção desses raios; consequentemente menor é o aquecimento desse corpo. O albedo depende da quantidade de nuvens na atmosfera, do material particulado em suspensão, do vapor d’água, da cor e da composição da superfície, das massas líquidas, da cobertura vegetal, das rochas, da areia, dentre outros fatores.


Essas são, talvez, os mais importantes requisitos para que haja vida em um planeta. Assim, divulgar a existência de planetas que reúnam essas condições é um relevante indício da possibilidade de encontrarmos vida extraterrestre.

Instigando ainda mais a imaginação

Se levarmos em consideração a amplitude do Universo, a probabilidade de haver outros planetas habitáveis ou até mesmo habitados são enormes. Existência de vida engloba desde organismos unicelulares, como bactérias e cianobactérias - que foram as primeiras formas vivas na Terra -, passando por algas e plantas, até organismos mais complexos, como animais, por exemplo. Assim, a presença de simples bactérias permite aos cientistas afirmarem que um planeta é ou poderá ser habitado.

Quando olhamos para o céu em uma noite sem nebulosidade, enxergamos um número incalculável de estrelas, semelhantes ao nosso Sol. De acordo com pesquisadores, nossa galáxia, a Via Láctea, possui aproximadamente 100 milhões de estrelas, entre elas o Sol. Cada estrela seria orbitada por milhares de corpos celestes, incluindo planetas, satélites, asteroides e outros. Segundo estudos e observações, estima-se que o Universo seja composto por 125 bilhões de galáxias.

Assim, ao imaginarmos o tamanho do Universo e pensarmos que a Terra é como apenas um grão em uma vasta extensão de areia, podemos voltar aos questionamentos iniciais: é possível existir vida extraterrestre? Seria o nosso planeta o único habitado no Universo? Não seria egoísmo supor que estamos sozinhos nessa imensidão?

Como diria o cientista e astrônomo estadunidense Carl Sagan: “Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço.“

E você, o que acha disso? Deixe seu comentário.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Será que é a natureza que vai derrubar o capitalismo?



A natureza é prodiga em todos os aspectos para vida no planeta. Vivemos no que a Geografia denomina de geosistema, onde a atmosfera, a hidrosfera, a litosfera e, a biosfera, onde estamos incluídos, interagem de forma a permitir que Gaia exista. Um planeta vivo.

Somos os únicos seres vivos que interferem de forma consciente no geosistema terrestre. Para termos nosso modo contemporâneo de vida, mais do que interferimos, nós degradamos nosso planeta para tirar da natureza todos os recursos para fazermos os “produtos” que consumimos e geram o lucro.

Mas a Terra segue seu curso em busca do seu equilíbrio. E mesmo que detenhamos as mais avançadas técnicas, somos frágeis perante a força da natureza e de sua busca por este equilíbrio.

Ultimamente temos observado no noticiário, quase que diariamente, que acontecem grandes desastres naturais ES diversas partes do mundo. São terremotos, secas, vulcões, tempestades, furacões, tornados, que matam e destroem as construções humanas. Todos estes desastres, são naturais, nada mais é do que a Terra, ou Gaia, em busca do seu equilíbrio. Talvez os meios de comunicação, os satélites e a nossa técnica, tenham contribuído para a difusão das informações destes fenômenos, mas ainda não podemos prevê-los ou superá-los rapidamente quando eles ocorrem. Ficamos impotentes quando nos deparamos com a força da natureza.

A erupção do vulcão em solo islandês que laçou cinzas nos céus da Europa deixou a Comunidade Européia de cabeça para baixo. Milhares de vôos cancelados. Milhões de Euros perdidos. E não se pode fazer nada contra o vulcão. O sistema capitalista pode estar ameaçado, não pelos comunistas, como os poderosos sempre pregaram, mas sim pelas forças da natureza.

Pois é, somos arrogantes. Temos “orgulho” dos nossos progressos tecnológicos, das nossas máquinas, mas não podemos deter a fúria da natureza.