Saiba o que é a camada pré-sal e os desafios que o Brasil precisa enfrentar para explorá-la.
Chamamos de petróleo a substância oleosa e inflamável resultado da combinação de moléculas de carbono e hidrogênio. Sua origem orgânica está ligada à decomposição de organismos (animais ou vegetais) que ao longo de milhões de anos foram se acumulando no fundo dos mares e dos lagos, transformando-se no principal recurso energértico da sociedade industrializada.
Segundo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), atualmente o consumo mundial de petróleo é de aproximadamente 85,43 milhões de barris diários, sendo que 90% desse óleo é usado como combustível e o restante utilizado na produção de diversos produtos que fazem parte do nosso dia a dia. Por ser um recurso indispensável no mundo moderno, os países que possuem reservas de petróleo realizam grandes investimentos em conhecimento e tecnologia para explorar e produzir o óleo. O Brasil é um bom exemplo, pois nos últimos anos pesquisadores da Petrobrás - empresa estatal brasileira de economia mista - descobriram grandes jazidas na camada pré-sal, podendo não só elevar a posição do país no ranking de países com as maiores reservas de petróleo, mas também torná-lo um exportador desse recurso energético.
Mas, o que é a camada "pré-sal"?
A camada pré-sal é uma faixa composta de rochas calcárias localizada em grandes profundidades sob as águas oceânicas. Ela se estende ao longo de 800 quilômetros do litoral brasileiro, entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, distribuindo-se pelas *bacias sedimentares de Santos, Campos e Espírito Santo. O pré-sal tem esse nome porque se encontra abaixo da camada de sal que o recobre. No interior da camada o petróleo e o gás ficam armazenados nos poros das rochas, sob alta temperatura e pressão, o que torna o óleo mais fino e nobre, sendo de ótima qualidade para o refino da gasolina e outros combustíveis. No entanto, chegar até a camada pré-sal é um dos maiores desafios tecnológicos já enfrentados pelo Brasil. Para explorar o petróleo depositado a sete mil metros de profundidade é necessário passar por dois quilômetros de oceano, um quilômetro de rocha da camada pós-sal e dois quilômetros de espessura de sal. Além disso, o "riser" - tubo que vai da plataforma até o fundo do oceano - tem que suportar ondas sísmicas, correntes marítimas e flutuações da base.
Para entender os desafios tecnológicos que o Brasil terá que enfrentar para perfurar e explorar a camada pré-sal, acesse o infográfico "Os desafios do pré-sal ".
Vale lembrar que o desafio do pré-sal não é apenas tecnológico, há vários motivos para pesquisadores e ambientalistas questionarem a exploração do petróleo nessa camada.
*O petróleo não permanece na rocha matriz, o óleo desloca-se até encontrar um terreno apropriado para se concentrar. Esses terrenos denominados de bacias sedimentares, são formados por camadas ou lençóis porosos de areia, arenitos ou calcários. O petróleo acomoda-se no terreno ocupando os poros rochosos e formando jazidas. Na parte mais alta das jazidas são encontrados o gás natural e na parte mais baixa o petróleo.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
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Olá amiga!! Como já diz o nosso hino, somos gigantes pela própria na natureza!!!
ResponderExcluirÓtimo texto!!!
Bjs
Legal esse post sobre a camada pre sal e petroleo, eu estou no 1º ano do 2ºGrau e ajudou bastante na pesquisa.Abraço!
ResponderExcluirme add---> sousa.fonte@hotmail.com
Amei pró !
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